Administracion de Empresas

miércoles, 22 de diciembre de 2010

O Valor Adicionado

Para calcular o valor do PIB, todos os bens e serviços devem ser contados só uma e única vez. Para tanto, deve-se computar somente os valores dos bens finais já que estes incluem todos os custos intermediários (matérias-primas) das diversas etapas do processo produtivo.
Assim, por exemplo, as estatísticas oficiais contam o valor do pão vendido ao consumidor, mas não somam a este valor o preço da farinha de trigo, já que este está incluído no preço final do pão.
Da mesma forma, se se computa o preço do automóvel vendido ao consumidor, não se deve adicionar a este o preço do aço e outros componentes do carro. Do contrário, haveria o problema da “dupla contagem”.
Aparentemente, a maneira mais fácil de se medir o valor do PIB é considerar os valores dos bens finais. Mas, alternativamente, pode-se chegar ao mesmo resultado somando o “valor adicionado” pela empresa em cada estágio do processo produtivo.

martes, 21 de diciembre de 2010

A Ótica das Despesas

Como foi dito anteriormente, o valor do produto é igual ao valor da renda gerada e, por sua vez, é igual à despesa agregada, isto é, ao valor do fluxo de bens e serviços transacionados na economia.
As despesas agregadas se compõem das seguintes categorias
de gastos:
a) Despesas pessoais de consumo (C) – incluindo aí os gastos das famílias com bens de consumo (alimentos, automóveis, etc.) e serviços (saúde, lazer, etc.).
b) Investimento privado bruto (I) – incluindo edificações, fábricas, equipamentos, máquinas e variações de estoques.
Vale lembrar que só são computados os bens e serviços “novos”, isto é, produzidos e vendidos (ou comprados) no ano considerado. Assim, a compra de um edifício com 5 anos de construção, ou de um carro usado não é computada no valor do PIB deste ano. Isto porque o valor deste edifício e deste carro já foi apurado no PIB do ano em que foram produzidos.
c) Gastos do governo (G) – incluem os dispêndios do governo
com os seguintes itens:
i) despesas correntes - aí incluídas as compras de bens e serviços para o funcionamento normal das agências governamentais e o pagamento de funcionários civis e militares.
ii) despesas de capital - compra de bens e serviços voltados para investimentos (construção de escolas, hospitais, estradas, etc.). Não entram nestes gastos do governo: as transferências governamentais, nem os dispêndios das empresas públicas (tipo Petrobrás, Vale do Rio Doce, Eletrobrás, etc.). Estes últimos são contabilizados no setor secundário, como setor privado.
d) Exportações líquidas (X - M) – aqui entendidas como o valor total das exportações de bens e serviços menos o valor das importações de bens e serviços.
Ou seja, pela ótica ou abordagem da despesa, o valor do produto interno bruto, a preços de mercado, é dado pela equação abaixo:
PIBpm= C + I + G + X - M

lunes, 20 de diciembre de 2010

Pelo Quadro I, acima, pode-se concluir que

a) A diferença entre o produto a custo de fatores e o produto a preços de mercado reside na inclusão, neste último, dos impostos indiretos e na retirada dos subsídios.
b) A diferença entre o produto interno e o produto nacional e entre a renda interna e a renda nacional reside na renda líquida enviada ao exterior.
c) A diferença entre o produto líquido e o produto bruto reside na depreciação;
De uma forma geral, nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, utiliza-se mais comumente, para efeito de análise da atividade econômica, o conceito de Produto Nacional Bruto (PNB). Isso se explica porque o PNB desses países costuma ser
maior que o seu PIB – porque eles recebem mais renda do exterior do que enviam para o exterior.
Já nos países subdesenvolvidos, o Brasil entre eles, usa-se geralmente o conceito de Produto Interno Bruto (PIB) - que, no caso desses países, costuma ser maior que o PNB, uma vez que a renda que esses países recebem do exterior tende a ser menor
que a renda por eles enviada ao exterior.

domingo, 19 de diciembre de 2010

Os diversos conceitos de produto – uma análise mais detalhada

O produto interno bruto (PIB) de um país é dado pelo valor de todos os bens e serviços que foram produzidos durante um certo período de tempo, geralmente um ano. Seu valor é medido pelo lado dos custos de produção, traduzidos estes nas despesas realizadas pelas empresas com a remuneração dos fatores
utilizados na produção (salários, aluguéis, juros e lucros). A contrapartida do valor do produto global ou do valor agregado dessas despesas é dada pela renda interna que corresponde à soma daquelas rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de produção. Se o produto for avaliado aos preços de mercado, devese acrescentar a essas rendas a receita auferida pelo governo, ou seja, os impostos indiretos, deduzidos os subsídios. Constata-se, então, que o valor do produto e da renda são duas medidas distintas do mesmo fluxo de bens e serviços gerados na atividade econômica.
Muitas vezes o estudante se vê confuso diante de conceitos como “produto interno”, “produto líquido”, “renda nacional”, “renda pessoal”, e tantos outros. Mas, afinal, todos esses termos se referem à mesma coisa ou são conceitos e medidas diferentes?

Na realidade, todos estes conceitos referem-se a coisas semelhantes, mas não iguais. O que distingue um conceito do outro são alguns itens que entram no cálculo de um mas não entram no outro. Por exemplo, a diferença entre qualquer produto “líquido” e seu correspondente “bruto” consiste na “depreciação”
que entra no cálculo somente deste último.
O Quadro I, a seguir, mostra de que forma são calculados os diversos conceitos de produto e de renda, possibilitando uma comparação entre ambos.
QUADRO I
Ótica do produto Ótica da renda
(+)Salários pagos: 1.300 (+)Salários pagos: 1.300
(+)Aluguéis: 900 (+)Aluguéis: 900
(+)Juros: 700 (+)Juros: 700
(+)Lucros 1.100 (+)Lucros: 1.100
= Produto Interno Líquido
a custo de fatores(cf): 4.000 = Renda Interna Líquida: 4.000
(+) Depreciação: 300 (+) Depreciação: 300
=Prod. Interno Bruto(cf):4.300 =Renda Interna Bruta: 4.300
(-) Renda líquida enviada (-) Renda líquida enviada
ao exterior: -200 ao exterior: -200
=Prod. Nacional Bruto (cf):4.100 =Renda Nacional Bruta: 4.100
(+) Impostos indiretos(*): 600 (-) Depreciação: -300
(-) Subsídios: -100 =Renda Nacional líquida: 3.800
=Prod.Nacional Bruto(pm):4.600 (-) Lucros retidos: -500
(-) Contr.Previdendenciárias:-700
(+) Transferências Govern.: 600
(+) Transf. Empresariais: 100
= Renda Pessoal: 3.300
(-) Impostos diretos(**): 400
= Renda Pessoa Disponível: 2.900
(*) IPI/ICMS/ISS (**) IR/IPVA/IPTU

sábado, 18 de diciembre de 2010

E de onde vem o valor do produto de um país?

O valor do PIB é o resultado do produto dos três setores produtivos, a saber:
I - Setor Primário – constituído pela produção agropecuária, tendo como principais componentes a produção agrícola propriamente dita (arroz, milho, soja, etc.), a produção da pecuária (abate de gado, suínos, etc.) e a produção extrativa vegetal (borracha, carvão vegetal, etc.);
II - Setor Secundário – constituído pela produção do setor industrial e tendo como principais subsetores: indústria extrativa mineral (petróleo, ouro, minério de ferro, etc.), indústria da construção civil (prédios, estradas, barragens, etc.), indústria de transformação (mecânica, eletrônica, têxtil, etc.) e serviços industriais de utilidade pública (energia elétrica, saneamento, etc.);
III - Setor Terciário – constituído pelo setor de serviços, tendo como principais subsetores: transportes e comunicações, intermediação financeira, setor governo (exceto empresas estatais), comércio, saúde e educação (privadas), turismo e lazer, etc.

viernes, 17 de diciembre de 2010

Conceitos Básicos: a Mensuração do Produto e da Renda e da Despesa

A contabilidade nacional proporciona medidas agregadas do valor de mercado dos bens e serviços finais produzidos na Economia durante um certo período, geralmente um ano.
Dependendo dos itens computados nesta medição, obtêm-se diferentes medidas deste produto.
Assim, por exemplo, temos o conceito Produto Interno Bruto que pode ser definido assim: Produto interno bruto (PIB) corresponde à soma dos valores de todos os bens e serviços finais produzidos em uma economia, durante um
certo período.3 Há três aspectos que devemos observar nessa definição:
primeiro, que estamos falando de bens e serviços finais – o que quer dizer que, para evitar a dupla contagem, não podemos somar o valor da produção do aço e/ou o valor da produção da borracha, etc. – que são matérias-primas – com o valor do carro, pois no valor deste – que é um bem final – já estão incluídos os valores das matérias-primas utilizadas em sua produção.
Um outro aspecto a observar é que, na contabilidade nacional, a produção é entendida como qualquer atividade que aumente a quantidade e/ou valor do bem ou serviço. Assim, considera-se produção não somente a transformação de uma matéria-prima num produto novo, mas também as atividades de transporte, de intermediação financeira, de comercialização, e de prestação de serviços em geral.
Um terceiro ponto a ser observado é que não entram no cálculo do valor do Produto as transações que envolvam troca de ativos que não foram produzidos no ano ou período considerado, como, por exemplo, a compra e venda de imóveis e de carros usados.

jueves, 16 de diciembre de 2010

As unidades familiares

. As empresas
. O governo
No sistema econômico, às unidades familiares cabe o papel de fornecer os recursos produtivos às empresas (recursos naturais, mão-de-obra, capital, capacidade empresarial, etc.), recebendo, em troca, uma remuneração ou renda – (que pode ser:
salários, aluguéis, juros e lucros) - que, num momento seguinte, será voltada para adquirir das empresas bens e serviços de que necessitam.

As empresas, por seu turno, demandam das unidades familiares os recursos produtivos de que precisam, remunerandoas com uma renda (salários, aluguéis, juros e lucros), enquanto ofertam para as mesmas os bens e serviços que produzem.
Ao governo cabe o papel principal de regulador da atividade econômica e de provedor dos chamados “bens públicos”- dos quais são exemplos, como já vimos, a segurança nacional, o serviço de polícia, a administração da justiça - além de garantir o fornecimento dos denominados “bens meritórios”, como educação e saúde. Para o desempenho dessas atividades, o governo arrecada impostos dos agentes econômicos como, por exemplo, o imposto de renda (IR) e o imposto sobre produtos industrializados (IPI).
Na contabilidade nacional, o governo é constituído pelos órgãos da chamada Administração Direta – basicamente, os Ministérios e as Secretarias - considerados os três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Como o governo, em regra, não tem o objetivo de auferir lucro, as empresas públicas e sociedades de economia mista, das quais o governo seja acionista, são incluídas no item empresas (no setor privado).
Num modelo mais completo, teríamos de incluir um quarto agente econômico, denominado comumente de resto do mundo e que responde pelas importações e exportações de bens e serviços do país.

miércoles, 15 de diciembre de 2010

O sistema econômico: agentes e fluxos

A teoria macroeconomia é a parte da teoria econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo. Cabe à macroeconomia identificar e medir as variáveis que determinam o volume da produção total de bens e serviços, o nível do emprego e o nível geral de preços do sistema econômico, bem como os agentes econômicos que atuam nesse sistema, realizando transações de todos os tipos e naturezas.
Como foi dito em nossa Aula 1, uma descrição do sistema econômico como um todo deve considerar, de um lado, os tipos de agentes econômicos que nele atuam e, de outro, os fluxos por ele gerados. Se considerarmos, por simplificação, uma economia fechada, isto é, sem relações econômicas com outros países (sem exportações e importações, por exemplo), podemos identificar os seguintes agentes que atuam no sistema econômico:

martes, 14 de diciembre de 2010

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA

Nas nossas três primeiras aulas, nós fizemos uma introdução-revisão de alguns conceitos da Microeconomia que certamente vão nos ajudar muito no entendimento da
Macroeconomia – que é, a partir desta Aula 4, o objeto central de nosso curso. Nós, agora, vamos dar um salto, e passar a estudar a economia do país como um todo, analisando as variáveis que determinam o volume da produção total de bens e serviços, o nível do emprego e o nível geral de preços do sistema econômico.
Nesta nossa Aula de n° 4, nós vamos abordar os grandes agregados da economia, como são chamados o produto interno bruto, o investimento bruto, a renda
nacional, e outros conceitos relevantes.
Bem-vindo, então, ao maravilhoso mundo da Macroeconomia!