O modelo de oferta de Lucas supõe que os mercados são competitivos e estão
sempre em equilíbrio, os agentes são racionais e a informação é imperfeita. Cada agente
conhece o preço do bem que ele vende, mas desconhece o nível geral de preços da
economia. Nestas circunstâncias é difícil distinguir no seu preço o componente que reflete
mudanças na economia como um todo, do componente que significa mudança do seu
preço relativo. Este problema de informação leva os agentes econômicos a tomarem
decisões no curto prazo que divergem daquelas tomadas no longo prazo. No curto prazo os
agentes variam o nível de produção por não saberem extrair dos sinais emitidos pelo
mercado a informação precisa se a variação do seu preço lhe é específica, ou se ela é
comum a todos os mercados.
O modelo, por simplicidade, admite que existe um único produto na economia que
é vendido por firmas em um grande número de mercados competitivos, que estão
dispersas como se fossem um grande número de ilhas isoladas. Em cada ilha (mercado) as
firmas conhecem o preço que está sendo praticado ali, mas desconhecem os preços que
estão sendo cobrados nas outras ilhas. Isto é:
onde pit é o preço no iésimo mercado no período t, pt é o nível geral de preços no período
t, e Zit é o componente que reflete variações de preços relativos entre vários mercados. O
preço pit é conhecido pelos participantes do iésimo mercado, mas a divisão nos seus dois
componentes é desconhecida.
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