Figura 15. Combinações de Políticas Monetária e Fiscal
Uma outra alternativa para se alcançar o produto de pleno emprego consiste em
aumentar o déficit do governo, seja através de aumento dos gastos do governo ou de corte
nos impostos, de sorte a se deslocar a curva IS de Io So para I1 S1. O resultado desta
política fiscal será o aumento da taxa de juros de ro para rf e a obtenção do produto de
pleno emprego.
É fácil perceber-se com o auxílio da Figura 15 que existem inúmeras
possibilidades de se atingir o produto potencial da economia através de combinações de
políticas monetária e fiscal. A Figura 15 mostra uma alternativa que mantém constante a
taxa de juros, com políticas monetária e fiscal que deslocam as curvas LM e IS, de Lo Mo
para L2 M2 e de Io So para I2 S2, respectivamente.
viernes, 31 de agosto de 2012
Combinações de Políticas Monetária e Fiscal
jueves, 30 de agosto de 2012
A Estática Comparativa do Modelo IS-LM
Este sistema de equações pode ser escrito do seguinte modo:
onde = (1-cy)PLr + ir P Ly < 0, em virtude de ir <0 0="0" a="a" cil="cil" class="separator" concluir-se="concluir-se" cy="cy" das="das" derivadas="derivadas" dessas="dessas" div="div" duas="duas" e="e" equa="equa" es="es" f="f" lr="lr" os="os" parciais:="parciais:" partir="partir" seguintes="seguintes" sinais="sinais" style="clear: both; text-align: center;">

miércoles, 29 de agosto de 2012
Efeito Keynes
Figura 14. Efeitos das Variações do Nível de Preços
martes, 28 de agosto de 2012
lunes, 27 de agosto de 2012
Política Fiscal - II
domingo, 26 de agosto de 2012
Política Fiscal - I
A política fiscal pode ser feita por duas vias, através de variações dos impostos ou
dos gastos do governo. Uma política fiscal expansionista, com aumento dos gastos do
governo ou redução da carga tributária, desloca a curva IS para cima e para a direita, de Io
So para I1 S1 na Figura 12a.
A taxa de juros aumenta de ro para r1, enquanto o nível de
renda cresce de yo para y1 . Observe-se que o crescimento de renda é inferior ao aumento
no déficit real do governo. Este fato ocorre em virtude do aumento da taxa de juros gerada
pela expansão do déficit do governo provocar uma redução no nível de investimento
privado. Este fenômeno é conhecido pelo nome em inglês de crowding-out, e ele consiste
na expulsão do setor privado pelo setor público. No exemplo da Figura 12a o crowdingout,
é apenas parcial.
Uma política fiscal contracionista, com redução dos gastos do governo e/ou
aumento da carga tributária, desloca a curva IS para baixo e para a esquerda de Io So para
I1 S1 na Figura 12b.
Nestas circunstâncias, a taxa de juros diminui de ro para r1, e o nível
de renda decresce de yo para y1.
A redução do déficit real do governo faz com que a taxa
de juros diminua, e esta queda na taxa de juros provoca um aumento no nível de
investimento do setor privado que contrabalança em parte a redução do déficit real do
setor público.
Alguns casos particulares do formato das curvas IS e LM merecem atenção para
que se possa compreender em que situação a política fiscal é mais ou menos potente. Na
hipótese clássica, da Figura 13a, o aumento do déficit público eleva a taxa de juros de ro
para r1, e a renda cresce de yo para y1. No caso particular da cruz keynesiana todo o
deslocamento da curva IS resulta em aumento igual ao nível de renda, e a taxa de juros
sobe de ro para r1 porque o estoque real de moeda existente na economia não se modificou
e o nível de encaixe real desejado se elevou em função do crescimento da renda.
sábado, 25 de agosto de 2012
Política Monetária - IV
No caso particular da interseção keynesiana, retratado na Figura 11b, o nível de
renda é dado pela curva IS e o efeito da política monetária expansionista se faz sentir
exclusivamente sobre a taxa de juros, que reduz-se de ro para r1. No caso particular da
teoria quantitativa, onde a taxa de juros não afeta o nível de liquidez real desejada pelos
indivíduos, a expansão da quantidade nominal da moeda reduz a taxa de juros de ro para
r1 e aumenta o nível de renda de yo para y1.
Figura 12. Política Fiscal
viernes, 24 de agosto de 2012
Política Monetária - III
Figura 11. Efeitos da Política Monetária em Alguns Casos Particulares
Todavia, em algumas situações particulares este mecanismo não funciona. No caso
clássico da Figura 11a a taxa de juros não se altera, e o deslocamento da curva LM de Lo
Mo produz o aumento da renda de yo para y1. Isto é, o crescimento da renda faz com que
o aumento da moeda seja absorvido pelos indivíduos. Na hipótese da armadilha da
liquidez, na Figura 11c, a taxa de juros também é constante e os indivíduos absorvem toda
quantidade adicional de moeda injetada na economia: a política monetária é
completamente inócua para afetar o nível de renda da economia.
jueves, 23 de agosto de 2012
Política Monetária - II
Estes dois exemplos que acabamos de apresentar mostra que o mecanismo de
transmissão de política monetária ocorre via taxa de juros, através do efeito substituição
nos portfolios dos agentes econômicos. Para que os indivíduos absorvam mais (menos)
moeda em suas carteiras, a taxa de juros tem que diminuir (aumentar). Estas variações da
taxa de juros provocam alterações no nível de investimento e, conseqüentemente, nos
níveis de dispêndio agregado e de renda real.
miércoles, 22 de agosto de 2012
Política Monetária - I
Uma política monetária expansionista através do aumento da quantidade de moeda
desloca a curva LM para baixo e para a direita. A Figura l0a mostra o que ocorre nestas
circunstâncias: quando a curva LM desloca-se de Lo Mo para L1 M1 a taxa de juros
diminui de ro para r1, enquanto o nível de renda sobe de yo para y1.
Uma política monetária contracionista que reduz a quantidade de moeda desloca a
curva LM para a esquerda e para cima, de Lo Mo para L1 M1 na Figura 10b. O aperto
na liquidez real da economia faz com que a taxa de juros suba de ro para r1. Este aumento
da taxa de juros reduz os investimentos que, por sua vez, acaba por diminuir o nível de
renda real na economia.
martes, 21 de agosto de 2012
Equilíbrio no Mercado de Bens e Serviços e no Mercado Monetário
.Figura 9. Equilíbrio nos Mercados de Bens e Serviços e Monetário
lunes, 20 de agosto de 2012
Casos Particulares da Curva LM
A Figura 8 mostra dois casos particulares da curva LM. A figura 8a corresponde à
hipótese da armadilha da liquidez, quando a elasticidade da quantidade demandada de
moeda em relação à taxa de juros é infinita. Nestas circunstâncias os indivíduos são
indiferentes entre reter moeda e títulos à taxa de juros ro.
Assim, qualquer quantidade
adicional de moeda injetada pelas autoridade monetárias na economia é absorvida nos
portfólios dos agentes econômicos sem que haja necessidade de nenhuma modificação na
taxa de juros.
Um outro caso particular em que a curva LM é horizontal ocorre quando o Banco
Central resolve fixar a taxa de juros num valor constante. Obviamente, nestas
circunstâncias as autoridades monetárias perdem o controle da oferta monetária, pois elas
não podem fixar ao mesmo tempo a taxa de juros e a quantidade de moeda. Voltaremos a
este assunto mais adiante quando tratarmos da oferta e demanda de reservas bancárias.
O caso particular da Figura 8b) corresponde à teoria quantitativa da moeda na sua
versão clássica, quando a quantidade real demandada de moeda independe da taxa de
juros, e a curva LM é, portanto, vertical.
Figura 8. Casos Particulares da Curva LM
domingo, 19 de agosto de 2012
Equilíbrio no Mercado Monetário: A Curva LM - III
A curva LM supõe que a quantidade de moeda e o nível de preços são constantes.
Quando a quantidade nominal de moeda aumenta (diminui) a curva LM desloca-se para a
direita (esquerda), como mostrado na Figura 7. Quando o nível de preços sobe (diminui),
e a quantidade nominal de moeda é mantida fixa, a curva LM desloca-se para cima
(baixo). Estas conclusões a partir de exercícios de estática comparativa no mercado
monetário podem ser facilmente obtidos diferenciando-se ambos os lados da equação de
equilíbrio neste mercado, ou seja:
(4) dM = LdP + PLy dy + P Lr dr
sábado, 18 de agosto de 2012
Equilíbrio no Mercado Monetário: A Curva LM - II
Os pontos acima e a esquerda da curva LM são pontos de excesso de oferta no
mercado monetário, isto porque, para um dado nível de renda, a taxa de juros elevada
reduz o nível de encaixe real de moeda aquém do estoque real existente na economia.
Pode-se chegar a mesma conclusão observando-se que, para uma dada taxa de juros, o
baixo nível de renda acarreta um nível desejado do estoque real de moeda inferior ao
estoque real existente na economia.
Figura 6. A Curva LM
viernes, 17 de agosto de 2012
Equilíbrio no Mercado Monetário: A Curva LM - I
A quantidade real demandada de moeda depende do nível de renda e do custo de
oportunidade de reter moeda ao invés de outro ativo financeiro, no nosso modelo
representado por títulos. Este custo de oportunidade é medido pela taxa de juros.
A
equação de demanda de moeda pode ser, então, expressa por:
M
P
L y r L e L
d
= ( , ), y > 0 r <0
A quantidade real demandada de moeda varia no mesmo sentido do nível de renda
real e em sentido contrário à taxa de juros. A quantidade nominal demandada de moeda é
proporcional ao nível de preços pois o que interessa àqueles que retêm moeda é o poder de
compra da mesma, em termos de bens e serviços, e não o valor nominal do estoque de
moeda que possuem em seus portfolios.
Admitiremos que a quantidade nominal ofertada de moeda é fixada exogenamente
pelas autoridade monetárias,
ou seja:
Ms = M
O equilíbrio no mercado monetário ocorre quando a quantidade ofertada é igual à
quantidade demandada de moeda:
Ms = Md
Substituindo-se as equações de demanda e oferta nesta condição de equilíbrio, obtém-se a
equação da Curva LM:
M = P L(y,r)
A Figura 6 mostra a Curva LM, traçada para uma dada quantidade nominal de
moeda (M) e para um dado nível de preços (P). Quando a taxa de juros sobe de ro para r1,
o nível de
renda que equilibra o mercado monetário aumenta de yo para y1, pois a elevação de taxa
de juros diminui a quantidade real demandada de moeda e, conseqüentemente, um
aumento da renda é necessário para compensar esta queda na quantidade demandada.
Os pontos abaixo e a direita da curva LM, como o ponto B, são pontos de excesso
de demanda no mercado monetário. Com efeito, nestas circunstâncias para um dado nível de renda, a taxa de juros baixa implica num encaixe real desejado de moeda que é superior
àquele existente na economia. Olhando o mesmo fenômeno de outro prisma, é fácil
perceber que para uma dada taxa de juros, o nível de renda elevado acarreta uma
quantidade real demandada de moeda superior à quantidade ofertada.
jueves, 16 de agosto de 2012
Casos Particulares da Curva IS - II
com a taxa de juros, a curva II é a função de investimento, e na curva I' I' o déficit do
governo foi adicionado ao nível de investimento para cada taxa de juros.
Existe uma outra possibilidade da Curva IS ser horizontal, diferente do caso
clássico. Isto pode ocorrer quando a elasticidade do investimento em relação à taxa de
juros for infinita.
No caso particular da "interseção keynesiana" o investimento não depende da taxa
de juros.
Figura 4. Caso Clássico
Figura 5. A Interseção KeynesianaA Figura 5 mostra o porque da denominação de "interseção keynesiana" para este caso particular da Curva IS. No eixo vertical desta figura mede-se o dispêndio agregado, no eixo horizontal o nível de renda (= produto). A reta de 45° passando pela origem mostra os pontos em que o nível de dispêndio é igual ao nível de produto. O equilíbrio no mercado de bens e serviços ocorre no ponto E onde a reta DD intercepta a reta de 45° que passa pela origem.
miércoles, 15 de agosto de 2012
Casos Particulares da Curva IS - I
Figura 3. Casos Particulares da Curva IS
No caso clássico a poupança não depende do nível de renda mas sim da taxa de juros. Assim, o equilíbrio entre poupança e investimento se traduz pela equação: s(r) = i(r) + g - t
martes, 14 de agosto de 2012
Equilíbrio no Mercado de Bens e Serviços: A Curva IS - III
(2): (3) dy = cy (dy - dt) + ir dr + dg
A Curva IS deriva este nome devido ao fato de que o equilíbrio no mercado de bens e serviços pode ser colocado em termos de investimento (I) e poupança (S, do inglês savings). Com efeito, a renda é gasta com aquisição de bens de consumo, com o pagamento de impostos, e com a poupança: y = c + t + s Como a renda é igual ao dispêndio, que por sua vez é a soma do consumo, do investimento e dos gastos do governo: y = c + i + g segue-se, portanto,
que s + t = i + g ou ainda que a poupança financia o investimento e o déficit do governo: s = i + g - t Da função consumo obtém-se a poupança como função de renda disponível, s=s(yt). Segue-se, portanto, que a equação da curva IS pode, também ser expressa por: i(r) + g - t = s(y - t).
lunes, 13 de agosto de 2012
Equilíbrio no Mercado de Bens e Serviços: A Curva IS - II
A Figura 1 mostra os valores de y e r que equilibram o mercado de bens e
serviços. A taxa de juros ro corresponde ao nível de produto yo. Quando a taxa de juros
diminui de ro o nível de investimentos aumenta e, conseqüentemente, o nível de produto
cresce de yo para y1. Pontos a direita e acima da curva IS, como o ponto B são pontos de
excesso de oferta no mercado de bens e serviços pois, para um dado nível de produto, a
taxa de juros elevada acarreta um nível de investimento baixo e, portanto, um nível de
dispêndio inferior ao nível de produção. Pontos a esquerda e abaixo da Curva IS, como o
ponto A, são pontos de excesso de demanda no mercado de bens e serviços porque, para
um dado nível de produto, a taxa de juros baixa induz a um nível de investimento elevado
gerando um nível de dispêndio superior ao nível de produção.
Figura 1. A Curva IS
A Curva IS é traçada supondo-se constante os níveis de despesas do governo,
assim como o total de impostos. A Figura 2 mostra o que acontece com a curva IS quando
os gastos do governo ou os impostos variam. O aumento dos gastos do governo, ou a
diminuição dos impostos, desloca a curva IS para cima e para a direita, em virtude do
aumento do dispêndio agregado para uma dada taxa de juros. A diminuição dos gastos do
governo, ou o aumento dos impostos, desloca a Curva IS para baixo e para a esquerda
porque, para uma dada taxa de juros, o nível de dispêndio agregado diminui.
domingo, 12 de agosto de 2012
Equilíbrio no Mercado de Bens e Serviços: A Curva IS - I
Isto é: d = c + i + g
onde as variáveis estão medidas em termos reais, ou seja, a cruzeiros de um determinado ano. Admitiremos que o consumo depende da renda disponível de acordo com:
c = c(y - t), 0 < cy < 1
onde t é o total de impostos arrecadados pelo governo. A propensão marginal a consumir Cy =∂ c /∂ y está compreendida entre zero e um. O investimento e a taxa de juros variam em sentidos contrários, de acordo com a seguinte função investimento:
i = i(r) , ir < 0
onde ir indica a derivada de i com respeito a r. O nível de gastos do governo é fixado exogenamente. Por simplicidade, admitiremos também que o governo determina o nível de tributos de maneira exógena. O dispêndio agregado da economia é dado, então,
por: d = c(y - t) + i(r) + g
O equilíbrio no mercado de bens e serviços ocorre quando o produto for igual ao nível de dispêndio: y = d ou ainda:
(2) y= c(y - t) + i(r) + g
sábado, 11 de agosto de 2012
Variáveis Contínuas: Fluxos x Estoques - IV
A primeira restrição nos diz que a cada instante de tempo, o estoque da riqueza
deve ser alocado entre moeda e títulos, lembrando-se que no modelo keynesiano o estoque
de capital está incluído no estoque de títulos. A conseqüência desta primeira restrição é
que, para variáveis contínuas, se o mercado monetário estiver em equilíbrio, o mercado de
títulos também estará. Portanto, basta estudar o equilíbrio de um dos dois mercados, pois,
o outro estará automaticamente em equilíbrio.
A segunda restrição do setor privado refere-se aos fluxos. Ela afirma que a
poupança do setor privado é igual à diferença entre a soma da renda com os juros
recebidos e os gastos com consumo e com o pagamento de impostos.
viernes, 10 de agosto de 2012
Variáveis Contínuas: Fluxos x Estoques - III
onde ct é o fluxo de consumo, yt é o fluxo de renda, a letra K representa o estoque de capital. Esta expressão pode ser rearranjada da seguinte forma:
jueves, 9 de agosto de 2012
Variáveis Contínuas: Fluxos x Estoques - II
onde dM/dt e dB/dt são as derivadas com relação ao tempo dos estoques de moeda e de
títulos, respectivamente. Esta restrição orçamentária do governo afirma que, em cada
momento do tempo, o governo deve financiar o excesso de gastos, com bens e serviços e
pagamentos de juros da dívida pública, sobre a arrecadação tributária, através de variações
do estoque de moeda ou do estoque de títulos, ou de ambos.
miércoles, 8 de agosto de 2012
Variáveis Contínuas: Fluxos x Estoques - I
A Lei de Walras foi até agora apresentada com variáveis medidas em termos
discretos. É interessante apresentá-la também, para o caso de variáveis contínuas.
A restrição orçamentária do governo será dada, então, por:
Δt Pt gt + rt Δt Bt ≡ Δt Pt τ
t + Mt+Δt - Mt + Bt+Δt - Bt
onde Δt é o intervalo de tempo, gt e τt são, respectivamente, os fluxos por unidade de
tempo dos gastos e dos tributos arrecadados pelo governo, Pt é o índice de preços em t, Bi
e Mi são os estoques nominais de títulos e de moeda no iésimo instante. Dividindo-se
ambos os lados desta expressão por Δt, obtém-se:
martes, 7 de agosto de 2012
Renda Disponível e Poupança
Quando o mercado de bens e serviços estiver em equilíbrio o produto é igual ao dispêndio (yt = dt ). Nestas circunstâncias segue-se que a poupança é igual à soma dos investimentos e do déficit real do governo:
No que se segue deixaremos de explicitar, por simplicidade, os juros reais e o imposto inflacionário na definição da renda disponível.
lunes, 6 de agosto de 2012
A Lei de Walras
Esta identidade simplesmente afirma que o total de recursos, é igual à soma dos
valores dos estoques iniciais de moeda (Mt-1), de títulos (Bt-1), de capital (Pt Kt-1), mais
os juros provenientes dos títulos (rt Bt-1) e a renda obtida no período (Pt yt), deve ser
necessariamente igual ao valor total das aplicações com moeda (M ) t
d , títulos (B ) t
d , bens
de capital ( P K ) t t
d , compra de bens de consumo (Pt ct) e pagamento de impostos (Pt τt)..
O governo financia seus gastos na aquisição de bens e serviços (Pt gt), seja para
consumo ou investimento, e no pagamento de juros da dívida pública (rt Bt-1) através de
impostos (Pt τt), da emissão de moeda (Mt - Mt-1) e de títulos (Bt -Bt-1).
Isto é:
Pt gt + rt Bt-1 ≡ Ptτt+ Mt - Mt-1 + Bt - Bt-1
A consolidação dessas duas identidades fornece a restrição orçamentária para a
economia como um todo, ou seja:
M M B B P y d t t
d
t t
d
t t t − + − + ( − ) ≡ 0
onde o dispêndio real dt é igual à soma do consumo (ct), do investimento (i K K ) t t
d
t = − −1
e dos gastos do governo: d c i g t t t t = + + .
A Lei de Walras aplicada neste caso, com base na identidade precedente, afirma
que se dois mercados estiverem em equilíbrio, o terceiro mercado também estará em
equilíbrio. Com efeito, suponha que os mercados de bens e serviços e de moeda estejam
em equilíbrio.
Isto é: y d e M M t t t t
= = d .
Segue-se, então, que o mercado de títulos estará
em equilíbrio, pois B B t t
d − ≡0 .
A Lei de Walras nos permite, portanto, a eliminação de um dos três mercados
quando se deseja estudar a nossa economia estilizada. Na tradição macroeconômica
costuma-se eliminar o mercado de títulos. Seguiremos esta tradição, concentrando nossa
análise nos mercados de bens e serviços e de moeda.
Cabe observar que na restrição do setor privado a renda nominal é igual ao valor
dos rendimentos efetivamente percebidos no período. Isto significa dizer que o mercado
de mão-de-obra pode estar em desequilíbrio enquanto os demais mercados estão em
equilíbrio
domingo, 5 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
Quadro V Balanço Consolidado dos Bancos e do Governo
As famílias e as empresas são consolidadas também, obtendo-se o balanço
patrimonial do setor privado da economia. Denominando-se de títulos (B) em poder do
setor privado, o total de títulos do governo que ele detém menos o total dos empréstimos
contraídos (B=T-Tb-L), e de moeda à soma do papel moeda com os depósitos à vista
(M=C+D), o patrimônio do setor privado é, então, definido por:
W = M + B + Ke
Uma hipótese adicional que será feita no Capítulo 2 é de que os títulos (B) e o
capital (Ke) são substitutos perfeitos no portfolio dos indivíduos, e que, portanto, as taxas
de retorno nestes dois ativos são sempre iguais.
viernes, 3 de agosto de 2012
Quadro IV Balanço do Governo
A estrutura do modelo agregativo de curto prazo que estudaremos no Capítulo 3,
não considera a existência de um sistema bancário. Isto equivale a consolidar o governo
com os bancos, de acordo com o Quadro V.
jueves, 2 de agosto de 2012
Quadro III Balanço dos Bancos Comerciais
O balanço do governo é o resultado da consolidação dos balanços do Banco
Central e do Tesouro. Os itens do passivo são os seguintes: i) papel moeda, ii) reservas
bancárias e iii) títulos do governo em poder das famílias, das empresas e dos bancos. O
ativo consiste dos bens de capital do governo (prédios, equipamentos e demais instalações
utilizadas na produção dos bens e serviços públicos). Poderíamos introduzir um item para
fechar o balanço do governo. Todavia, como isto é irrelevante no que se segue,
deixaremos de fazê-lo.
miércoles, 1 de agosto de 2012
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