A política fiscal pode ser feita por duas vias, através de variações dos impostos ou
dos gastos do governo. Uma política fiscal expansionista, com aumento dos gastos do
governo ou redução da carga tributária, desloca a curva IS para cima e para a direita, de Io
So para I1 S1 na Figura 12a.
A taxa de juros aumenta de ro para r1, enquanto o nível de
renda cresce de yo para y1 . Observe-se que o crescimento de renda é inferior ao aumento
no déficit real do governo. Este fato ocorre em virtude do aumento da taxa de juros gerada
pela expansão do déficit do governo provocar uma redução no nível de investimento
privado. Este fenômeno é conhecido pelo nome em inglês de crowding-out, e ele consiste
na expulsão do setor privado pelo setor público. No exemplo da Figura 12a o crowdingout,
é apenas parcial.
Uma política fiscal contracionista, com redução dos gastos do governo e/ou
aumento da carga tributária, desloca a curva IS para baixo e para a esquerda de Io So para
I1 S1 na Figura 12b.
Nestas circunstâncias, a taxa de juros diminui de ro para r1, e o nível
de renda decresce de yo para y1.
A redução do déficit real do governo faz com que a taxa
de juros diminua, e esta queda na taxa de juros provoca um aumento no nível de
investimento do setor privado que contrabalança em parte a redução do déficit real do
setor público.
Alguns casos particulares do formato das curvas IS e LM merecem atenção para
que se possa compreender em que situação a política fiscal é mais ou menos potente. Na
hipótese clássica, da Figura 13a, o aumento do déficit público eleva a taxa de juros de ro
para r1, e a renda cresce de yo para y1. No caso particular da cruz keynesiana todo o
deslocamento da curva IS resulta em aumento igual ao nível de renda, e a taxa de juros
sobe de ro para r1 porque o estoque real de moeda existente na economia não se modificou
e o nível de encaixe real desejado se elevou em função do crescimento da renda.
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