A quantidade real demandada de moeda depende do nível de renda e do custo de
oportunidade de reter moeda ao invés de outro ativo financeiro, no nosso modelo
representado por títulos. Este custo de oportunidade é medido pela taxa de juros.
A
equação de demanda de moeda pode ser, então, expressa por:
M
P
L y r L e L
d
= ( , ), y > 0 r <0
A quantidade real demandada de moeda varia no mesmo sentido do nível de renda
real e em sentido contrário à taxa de juros. A quantidade nominal demandada de moeda é
proporcional ao nível de preços pois o que interessa àqueles que retêm moeda é o poder de
compra da mesma, em termos de bens e serviços, e não o valor nominal do estoque de
moeda que possuem em seus portfolios.
Admitiremos que a quantidade nominal ofertada de moeda é fixada exogenamente
pelas autoridade monetárias,
ou seja:
Ms = M
O equilíbrio no mercado monetário ocorre quando a quantidade ofertada é igual à
quantidade demandada de moeda:
Ms = Md
Substituindo-se as equações de demanda e oferta nesta condição de equilíbrio, obtém-se a
equação da Curva LM:
M = P L(y,r)
A Figura 6 mostra a Curva LM, traçada para uma dada quantidade nominal de
moeda (M) e para um dado nível de preços (P). Quando a taxa de juros sobe de ro para r1,
o nível de
renda que equilibra o mercado monetário aumenta de yo para y1, pois a elevação de taxa
de juros diminui a quantidade real demandada de moeda e, conseqüentemente, um
aumento da renda é necessário para compensar esta queda na quantidade demandada.
Os pontos abaixo e a direita da curva LM, como o ponto B, são pontos de excesso
de demanda no mercado monetário. Com efeito, nestas circunstâncias para um dado nível de renda, a taxa de juros baixa implica num encaixe real desejado de moeda que é superior
àquele existente na economia. Olhando o mesmo fenômeno de outro prisma, é fácil
perceber que para uma dada taxa de juros, o nível de renda elevado acarreta uma
quantidade real demandada de moeda superior à quantidade ofertada.
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