Esta identidade simplesmente afirma que o total de recursos, é igual à soma dos
valores dos estoques iniciais de moeda (Mt-1), de títulos (Bt-1), de capital (Pt Kt-1), mais
os juros provenientes dos títulos (rt Bt-1) e a renda obtida no período (Pt yt), deve ser
necessariamente igual ao valor total das aplicações com moeda (M ) t
d , títulos (B ) t
d , bens
de capital ( P K ) t t
d , compra de bens de consumo (Pt ct) e pagamento de impostos (Pt τt)..
O governo financia seus gastos na aquisição de bens e serviços (Pt gt), seja para
consumo ou investimento, e no pagamento de juros da dívida pública (rt Bt-1) através de
impostos (Pt τt), da emissão de moeda (Mt - Mt-1) e de títulos (Bt -Bt-1).
Isto é:
Pt gt + rt Bt-1 ≡ Ptτt+ Mt - Mt-1 + Bt - Bt-1
A consolidação dessas duas identidades fornece a restrição orçamentária para a
economia como um todo, ou seja:
M M B B P y d t t
d
t t
d
t t t − + − + ( − ) ≡ 0
onde o dispêndio real dt é igual à soma do consumo (ct), do investimento (i K K ) t t
d
t = − −1
e dos gastos do governo: d c i g t t t t = + + .
A Lei de Walras aplicada neste caso, com base na identidade precedente, afirma
que se dois mercados estiverem em equilíbrio, o terceiro mercado também estará em
equilíbrio. Com efeito, suponha que os mercados de bens e serviços e de moeda estejam
em equilíbrio.
Isto é: y d e M M t t t t
= = d .
Segue-se, então, que o mercado de títulos estará
em equilíbrio, pois B B t t
d − ≡0 .
A Lei de Walras nos permite, portanto, a eliminação de um dos três mercados
quando se deseja estudar a nossa economia estilizada. Na tradição macroeconômica
costuma-se eliminar o mercado de títulos. Seguiremos esta tradição, concentrando nossa
análise nos mercados de bens e serviços e de moeda.
Cabe observar que na restrição do setor privado a renda nominal é igual ao valor
dos rendimentos efetivamente percebidos no período. Isto significa dizer que o mercado
de mão-de-obra pode estar em desequilíbrio enquanto os demais mercados estão em
equilíbrio
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