As políticas monetária e fiscal, já vistas anteriormente, são denominadas de
políticas de demanda agregada pois elas, direta ou indiretamente, alteram o dispêndio
agregado, deslocando a curva de demanda agregada. A Figura 31 ilustra os efeitos destas
políticas. Na Figura 31a a curva de demanda agregada desloca-se de DoDo para D1D1
quando um dos seguintes fatos ocorre: a) a oferta monetária aumenta; b) o governo
aumenta seus gastos: c) o governo reduz os tributos e d) a taxa de inflação esperada
aumenta. Não é difícil entender porque isto ocorre. Tomemos o caso do aumento da oferta
monetária. Para um dado nível de preços, o crescimento da quantidade nominal de moeda
implica num nível de liquidez real da economia mais elevada. A taxa de juros diminui,
provocando o aumento do investimento e, consequentemente, do nível de renda real.
Na Figura 31b a curva de demanda agregada desloca-se para baixo e para a
esquerda de DoDo para D1D1, nas seguintes circunstâncias: a) redução da oferta
monetária; b) diminuição dos gastos do governo; c) aumento dos impostos e d) redução da
taxa de inflação antecipada. Para compreender porque a curva de demanda desloca-se para
a esquerda e para baixo nestas situações, tome-se por exemplo, o caso da diminuição da
taxa de inflação esperada. Para um dado nível de renda real, a taxa de juros nominal tem
que diminuir para contrabalançar a redução na taxa de inflação esperada, de sorte a manter
o mesmo nível de investimento e, por via de conseqüência, o nível de renda real. Com a
queda da taxa de juros nominal, o encaixe real desejado (M/P) aumenta. Como a oferta
monetária supostamente está constante, o nível de preços deve diminuir para acomodar o
aumento de liquidez real que os indivíduos desejam reter em seus portfolios.
Figura 31. Efeitos das Políticas de Demanda Agregada
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