No modelo IS-LM das seções precedentes não se fez nenhuma menção para a
distinção entre a taxa de juros nominal e a taxa de juros real, pois havia a hipótese
implícita de que a taxa de inflação esperada era igual a zero. É claro que esta hipótese é
irrealista nas economias modernas porque na maioria dos países do mundo ocidental a
inflação passou a ser um fenômeno corriqueiro.
Para uma dada taxa de inflação π e de juros nominal r, a taxa de juros real ρ pode
ser calculada através da seguinte expressão:
1 + r = (1 +ρ) (1 +π)
ou, ainda:
r = ρ + π + ρ π
É usual na formalização dos modelos macroeconômicos desprezar-se o termo de
interação ρ π na equação anterior. Na prática esta aproximação só é válida para taxas
pequenas, e este não é certamente o caso de inflação tipo brasileiro. Todavia, do ponto de
vista teórico esta hipótese simplificadora não traz maiores problemas. Portanto,
admitiremos que a taxa de juros nominal é igual à soma das taxas de juros real e da taxa de
inflação. Isto é:
r = ρ + π
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