Um outro fato estilizado importante, é de que não se observa nas economias
capitalistas modernas nenhuma correlação entre produto potencial e taxas médias de
inflação. Assim, poderíamos ter taxas médias de inflação iguais a π1
e e π2
e consistentes com o mesmo produto potencial y , como indicado na Figura 2. Isto é equivalente a
afirmar que o produto potencial independe da taxa de inflação.
Um dos avanços da pesquisa macroeconômica no período pós-guerra foi
justamente o de construir modelos capazes de explicar este tipo de relação entre a taxa de
inflação e o nível do produto real.
A existência de uma equação que reúne a taxa de inflação e o nível do produto real
é insuficiente para determinar-se o valor de cada uma delas, pois, com uma única equação
não se pode resolver um modelo com duas incógnitas.
Nos capítulos 2 e 3 desenvolve-se um modelo baseado no comportamento dos
indivíduos com relação a dois tipos de decisões: i) de como eles dispõem os seus
patrimônios entre os vários ativos existentes na economia, e ii) como esses indivíduos
gastam os rendimentos obtidos com os recursos que empregam no processo produtivo, no
consumo e na expansão de capacidade produtiva. Este modelo estabelece, debaixo de
algumas condições, uma relação negativa entre a taxa de inflação e o produto real. A curva
DD da Figura 3 representa tal relação. Ela é denominada de curva de demanda agregada, e
sua localização no plano π-y depende das políticas monetárias e fiscal.
Figura 3. A Curva de Demanda Agregada
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