Nestas circunstâncias, existe equilíbrio tanto no curto como no longo prazo, pois ambos os
lados do mercado estão nas suas posições preferidas,
Quando os trabalhadores antecipam um nível de preços menor do que aquele que
efetivamente ocorre, eles oferecem um volume de mão-de-obra acima do nível de pleno
emprego, pois esperavam um salário real elevado que na verdade não se materializou. Esta
situação não é de equilíbrio de longo prazo, porque os trabalhadores acabarão por
reconhecer que tomaram uma decisão errada, e irão rever o volume de emprego que
desejam oferecer diante das novas condições da economia.
Quando os trabalhadores antecipam um nível de preços superior ao que ocorreu, o
volume de emprego é inferior ao de pleno emprego e suas decisões serão revistas face ao
erro de previsão.
No modelo de Friedman os níveis de emprego e de produto real variam, no curto
prazo, em virtude dos erros de previsão dos trabalhadores. Para um dado nível de preços
esperado ( Pe )
0 , quanto maior o nível de preços (P) maior será o produto real da economia.
Quando o nível de preços for igual ao valor antecipado pelos trabalhadores ( P = Pe ) 0 , o
produto real será igual ao produto de pleno emprego. A Figura 11 mostra as curvas de
oferta agregada de curto prazo, que são positivamente inclinadas, e a curva de oferta
agregada de longo prazo que é vertical, como no modelo neoclássico.
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Figura 11. A Oferta Agregada: Modelo Friedmaniano |
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