a) Não se deve esperar uma correlação forte entre a taxa de inflação e a taxa de expansão
monetária no curto prazo, pois para uma taxa de crescimento mais elevada da base
monetária, a taxa de inflação apresenta várias fases: na primeira ela está subindo,
depois ela começa a diminuir, para em seguida entrar num período em que ela segue
um padrão cíclico, até atingir o novo equilíbrio de longo prazo.
b) O patamar da inflação, ou seja, a taxa de inflação no longo prazo, calculada por uma
média de taxas que cobrem uma fase cíclica da economia, é determinada pela taxa de
crescimento dos meios de pagamentos.
c) A conseqüência inicial de uma mudança na política monetária, através de uma elevação
do ritmo de expansão da moeda, é o aquecimento da economia. Todavia, em períodos
posteriores, esta mudança de política monetária irá acarretar fases de capacidade ociosa
na economia. Portanto, não se pode afirmar com base na análise de fatos isolados, de
períodos em que a economia apresenta capacidade ociosa, que a inflação não é de
demanda. A dinâmica da economia pode confundir o observador menos sofisticado,
que pretenda enxergar através da fotografia tirada num dado instante, ao invés de
proceder uma análise cuidadosa do filme que conte toda a história do processo
inflacionário.
d) A mudança da política monetária fará com que a trajetória do nível de preços mude não
somente de inclinação, como aconteceria se no longo prazo a reta tracejada da Figura
10 fosse o novo caminho do nível de preços, mas também de patamar. Com efeito, se tal fato não acontecesse, a liquidez real da economia continuaria no mesmo nível da
época que antecedeu a mudança da política monetária. Como a taxa de expansão
monetária mais elevada, corresponde a uma taxa de juros nominal maior, a liquidez real
da economia deve diminuir depois do período de ajustamento. Daí, a mudança no
patamar do nível de preços.
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