O modelo desenvolvido na última subseção leva a uma conclusão bastante radical
sobre a eficácia das políticas monetária e fiscal nos modelos keynesianos em que os preços
são flexíveis e as expectativas são racionais. esta proposição, que deve-se a Lucas, Sargent
e Walace, afirma que as políticas monetária e fiscal que são antecipadas pelos agentes
econômicos não afetam os níveis de emprego e de produto real da economia. Portanto,
apenas as políticas monetária e fiscal não-antecipadas afetam o nível de emprego e o
produto real. Obviamente, os responsáveis pela política econômica podem de vez em
quando, transitoriamente, ludibriar o público, atuando de modo não esperado. Mas isto não
poderia ser feito de maneira sistemática e permanente, pois os agentes terminariam por
descobrir o padrão de comportamento por trás da política econômica.
A proposição de ineficácia da política econômica depende da hipótese de
flexibilidade dos preços. Em outras palavras, quando os preços não forem flexíveis as
políticas monetária e fiscal influenciarão os níveis de renda real e de emprego da
economia. a rigidez no sistema de preços deve-se à existência de contratos explícitos ou
implícitos que, pelo menos no curto prazo, impedem os mercados de se ajustarem
instantaneamente, quando eles se defrontam com novas condições de política econômica.
Admita-se que existe uma certa rigidez na economia, de tal sorte que o nível de
preços seja igual a uma média ponderada do nível de preços do período anterior e daquele
que seria praticado se não houvesse rigidez:
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